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    Entenda o Novo Ensino Médio

    Nicolle Abreu
    22.03.2021
    • Escola
    6 MIN.

    O Ensino Médio é a etapa mais desafiadora da Educação Básica brasileira. Com altos índices de evasão escolar e baixas taxas de aprendizado, os jovens vêm apresentando cada vez mais desinteresse por dar continuidade em seus estudos após o fim do Ensino Fundamental. Desse modo, a implementação de um Novo Ensino Médio se fez necessária e está prevista no Plano Nacional de Educação (PNE) de 2014.

    O Novo Ensino Médio pode ser definido como uma resposta às necessidades dos estudantes nascidos em uma era digital. Esses novos jovens não respondem bem às metodologias normalmente utilizadas e possuem objetivos de vida distintos. Buscando pluralizar esta etapa do ensino, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) e o próprio PNE estabeleceram novos rumos para os três últimos anos da Educação Básica.

    Preparamos este artigo com os principais pontos sobre o Novo Ensino Médio, desde sua estruturação até seus objetivos. Confira!


    Por que um Novo Ensino Médio?

    O Ministério da Educação (MEC) divulgou dados preocupantes sobre o atual Ensino Médio. Segundo ele, mais 70% dos estudantes não sabem o suficiente de matemática e português ao fim do Ensino Médio. Além disso, 41% dos jovens abandonam a escola antes de se formar. Esses dados mostram a realidade dos anos finais da Educação Básica no Brasil, em que os altos índices de evasão escolar, baixos níveis de aprendizagem e a desmotivação e desinteresse dos jovens preocupam a comunidade acadêmica.

    Os métodos atuais não consideram a trajetória de vida e os objetivos dos jovens, além de não trabalhar o conhecimento com significado. Isso significa que parte dos jovens não compreendem a aplicabilidade do que aprendem na escola e com isso, acabam desmotivados. A espinha dorsal do Novo Ensino Médio é o protagonismo juvenil, que estimula o jovem a fazer escolhas, tomar decisões e se responsabilizar por elas.

    Novo Ensino Médio: o que muda?

    A principal mudança do Novo Ensino Médio diz respeito a como o conhecimento é ofertado. Isso porque, quando pensamos no desinteresse dos jovens por seus estudos, podemos associar tal fato ao descompasso que existe entre os objetivos dos discentes e o que é ensinado nas escolas. O atual Ensino Médio é caracterizado por aulas meramente expositivas e pouco flexíveis aos interesses dos alunos.

    Sendo assim, ao discutir o Plano Nacional de Educação em 2014 alguns objetivos nortearam sua elaboração, sendo eles:

    • Incentivo ao protagonismo dos alunos;
    • Construção de um projeto de vida paralelo aos estudos;
    • Desenvolvimento de responsabilidade e autonomia nas suas escolhas.

    Tendo isso em vista, o Novo Ensino Médio começou a ser desenvolvido pensando em um aumento da carga horária e em uma divisão em duas partes.

    1ª parte – Formação Geral Básica

    A Formação Geral Básica diz respeito ao currículo e é estruturada com base nas diretrizes da BNCC para o Ensino Médio. Essa parte busca estabelecer o que é comum a todos os alunos, ou seja, a quais componentes curriculares todos os jovens devem ser expostos para que sua formação básica esteja completa ao final de sua educação.

    2ª parte – Itinerários Formativos

    A grande novidade do Novo Ensino Médio são os Itinerários Formativos. Pensando nos objetivos dos jovens, ou o que o Ministério da Educação (MEC) chama de Projeto de Vida, os Itinerários Formativos vêm para atender às pluralidades das escolas. Os alunos e suas famílias possuem históricos e destinos distintos, e os itinerários são como trilhas que encaminham os alunos para seus propósitos.

    Esse caminho é traçado em conjunto com a escola, já que estamos falando de pessoas muito jovens e que precisam de orientação. Desse modo, o Projeto de Vida é um dos pilares da reforma do Ensino Médio, e é através dele que a escola deve traçar estratégias para orientação vocacional-profissional dos alunos. Parte essencial do percurso formativos do aluno, ele exige e envolve o desenvolvimento do autoconhecimento dos jovens, além de uma formação para convivência ética e cidadã, pautada na autoconfiança e resiliência.

    Das 3.000 horas totais do Novo Ensino Médio, 1.200 devem ser destinadas para os Itinerários Formativos. Contudo, as escolas não precisam correr para implementar todas as alterações de uma vez. Trata-se de um processo gradativo e as instituições tem até 2022 para ter sua carga horária ajustada para 1.000 horas anuais.

    O desenvolvimento do Projeto de Vida dos estudantes

    As instituições precisam definir estratégias que busquem trabalhar o Projeto de Vida dos alunos. Isso pode ser feito através de orientação vocacional e profissional, além de preparação para o mundo do trabalho. Espera-se que as escolas ofereçam atividades que trabalhem a capacidade dos jovens de definir objetivos para a sua vida pessoal, acadêmica, profissional e cidadã, de se organizarem para alcançar suas metas, de exercitarem determinação, perseverança e autoconfiança para realizar seus projetos presentes e futuros. Este também é um espaço importante para ajudá-los na escolha de seus itinerários formativos.

    A divisão da carga horária

    Uma das análises feitas para estruturar o Novo Ensino Médio diz respeito a sua carga horária.  O Novo Ensino Médio sobe para 3.000 horas totais sendo que 1.800 horas são voltadas para a Formação Geral Básica e 1.200 para os Itinerários Formativos.  

    A BNCC e o Ensino Médio

    A Base Nacional Comum Curricular é o documento que determina as aprendizagens essenciais que todo estudante brasileiro, de escolas públicas e privadas, deverá desenvolver ao longo da Educação Básica. Ela está relacionada, principalmente, à Formação Geral Básica, definindo as competências e habilidades que devem ser desenvolvidas em cada série do Ensino Médio.

    A BNCC do Ensino Médio foi a última a ser homologada e está organizada por áreas do conhecimento. Assim, o currículo deve ser organizado por meio da oferta de diferentes componentes curriculares, divididos entre a Formação Geral Básica e os Itinerários Formativos, conforme a relevância para o contexto local e a possibilidade dos sistemas de ensino.

    A implementação do Novo Ensino Médio

    O processo de implementação do Novo Ensino Médio será gradual. Essa reforma é necessária quando pensamos que um dos principais documentos que regem a Educação Básica brasileira, a LDB, foi promulgado em 1996. Mais de 20 anos depois, com enorme defasagem no ensino, principalmente nos três anos finais, é preciso recontextualizar o Ensino Médio para que atenda às necessidades dos jovens. Sua alteração resultará em novas diretrizes, ainda não divulgadas, para os principais vestibulares do país e para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

    O primeiro passo para a implementação é compreender o significado das mudanças e assim avaliar o contexto e atual situação da escola. Para aprofundar ainda mais no assunto, preparamos um Guia Completo do Novo Ensino Médio. Baixe gratuitamente.

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